Natal

Um corrupio de gente percorre os centros comerciais, à procura do presente perfeito para aquela pessoa.
Fazem-no de uma forma sufocante, desenfriada,buliçosa,turbulenta...As escadas rolantes não param, os sacos multiplicam-se, os passos convertem se em quilómetros, ouve se o irritante "jingle bells" que funciona quase como uma terapia de choque. É horrível pensar que estas pessoas lutam por um determinado objecto.Têm uma sede de consumo insaciável...O Natal é portanto o período do auge do capitalismo, é o período em que as pessoas consomem mais e gastam mais,muitas vezes o que não têm:os chamados consumistas compulsivos.
Mas será isto o Natal? Esta obrigação de dar? de fazer a árvore de Natal?de ansiar a chegada do obeso com fato vermelho, cara de palhaço e barbas brancas? Aquele a que chamam Pai-Natal, que não foi nada mais do que o produto de uma engenhosa campanha de publicidade da Coca-Cola? Já nem as crianças acreditam nele...
Acho que nos afastámos demasiado da concepção de "Natal".Eu não gosto do Natal, pelo menos deste Natal.Para começar é necessário uma viragem quanto ao símbolo guia desta quadra.O pai do Natal é Jesus, não é o feioso que carrega os sacos cheios de futilidade.Natal não é este espírito consumista, é a celebração do nascimento de Cristo.Não devem ser contabilizados os presentes que se recebem, ou elogiar a estúpida da árvore; devem antes ser contabilizadas as pessoas que têm coragem para se reunir na mesma mesa e viver o espírito de união...
O Natal assusta-me porque é nesses dias que se agudizam as diferenças entre os que têm uma vida normal, e aqueles pobres que nem se apercebem que aquele dia é diferente dos outros...
"Quem é que gosta do Natal? A meu ver, só dois tipos de pessoas: os comerciantes e as crianças."