Uma vida com muito que se lhe diga
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segunda-feira, 11 de junho de 2012
À rasca
Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos num abastamento caprichoso, protegendo-os de dificuldades e poupando-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como a nossa, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como nos tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, as anteriores gerações (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre, mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de entradas na faculdade ou de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa roupa lavada e ainda uns brindes.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, … A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos, Queimodromos, festivais de música, bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos i phones,i pods ou i pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer “não”. É um “não” que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrasada e arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento, cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há.
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
Os mais velhos, estarão em vias de ser caçados à entrada dos seus locais de trabalho, para deixar livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito.
Novos e velhos, todos estamos à rasca. A culpa de toda esta situação não é dos jovens é de quem não soube
formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, e não quer assumi-la. Mas pior que a culpa que os mais velhos são obrigados a carregar, é a prova do seu falhanço como pais e educadores.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Tatuagens
A senhora apanhava todos os dias o mesmo autocarro. Entrava no 103 sempre com um sorriso nos lábios cumprimentando os demais. Sorria sempre, embora nem sempre isso lhe pautasse a alma. Não tinha um sorriso encantador, mas possivelmente seria a única pessoa que no âmago da confusão da sua vida, ainda sorria e dava os bons-dias aos utentes do autocarro. Passava o passe como faziam todos os outros. Vinha sempre carregada. Basta vezes lhe cedi o lugar, por mera gentileza, ela nunca agradecia, sorria apenas. Quando nos cruzávamos não raras vezes dizia-me que eu tinha um sorriso lindo, não que isso fosse completamente verdade, mas talvez porque reparava que eu não tinha a mesma capacidade que ela demonstrava.
Um dia a viagem foi mais demorosa, dei por mim a olhar para ela, a observar a senhora. Tinha rugas de expressão consequentes dos "amores e desamores da vida", dizia.
Mas tinha mais que isso.
Tinha umas mãos marcadas no pescoço que se esforçava em esconder com os lenços de muitas cores que usava. Afinal, a senhora sorria não que tivesse motivos para sorrir, apenas foi uma escapatória que arranjou para que não a renegassem logo a uma primeira impressão. Afinal não irradiava felicidade e não vivia bem com a vida. As marcas no pescoço evidenciavam-no estavam lá como tatuagens que a vida lhe cravou.
Mesmo assim na carteira guardava uma imagem do marido e dos filhos. Com o passar das semanas, fui lhe conquistando a confiança. Contou-me histórias e peripécias sobre os filhos. Falava deles com um verdadeiro amor de mãe, sempre de braço dado com um leve soluço e uma lágrima no canto do olho.
Nunca falou do marido. Não que não gostasse dele de verdade, afinal a maior parte das compras que carregava eram para ele, porque os filhos dizia ela" já tinham partido para voos mais altos" enquanto ela permanecia emaranhada nas suas rotinas.
Nunca falou do marido por se envergonhar do que ele lhe tinha feito. No entanto guardava-lhe muito respeito, quase tanto ou mais como a Deus que trazia suspenso ao pescoço.
Acreditava que um dia a vida lhe retribuiria todos os sorrisos que emanava. Foi a última coisa que me disse antes de sair.
Um dia a viagem foi mais demorosa, dei por mim a olhar para ela, a observar a senhora. Tinha rugas de expressão consequentes dos "amores e desamores da vida", dizia.
Mas tinha mais que isso.
Tinha umas mãos marcadas no pescoço que se esforçava em esconder com os lenços de muitas cores que usava. Afinal, a senhora sorria não que tivesse motivos para sorrir, apenas foi uma escapatória que arranjou para que não a renegassem logo a uma primeira impressão. Afinal não irradiava felicidade e não vivia bem com a vida. As marcas no pescoço evidenciavam-no estavam lá como tatuagens que a vida lhe cravou.
Mesmo assim na carteira guardava uma imagem do marido e dos filhos. Com o passar das semanas, fui lhe conquistando a confiança. Contou-me histórias e peripécias sobre os filhos. Falava deles com um verdadeiro amor de mãe, sempre de braço dado com um leve soluço e uma lágrima no canto do olho.
Nunca falou do marido. Não que não gostasse dele de verdade, afinal a maior parte das compras que carregava eram para ele, porque os filhos dizia ela" já tinham partido para voos mais altos" enquanto ela permanecia emaranhada nas suas rotinas.
Nunca falou do marido por se envergonhar do que ele lhe tinha feito. No entanto guardava-lhe muito respeito, quase tanto ou mais como a Deus que trazia suspenso ao pescoço.
Acreditava que um dia a vida lhe retribuiria todos os sorrisos que emanava. Foi a última coisa que me disse antes de sair.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Amor com amor se paga
O teu labirinto não te permite deixar que aqueles que te amam se aproximem mais do que aquilo que consideras seguro para ti. És um ermita por natureza e por escolha própria. E acredita que sei que, no fundo, até és feliz, ou pelo menos vives momentos de grande tranquilidade, sozinho habituado apenas à tua presença, ao teu cheiro (...) Precisas tão desesperadamente do silêncio como eu de palavras (...) O teu medo quase letal perante a viabilidade da nossa relação assustou-te de tal forma que me fechaste a porta na cara várias vezes, embora depois não resistisses a voltar. Agora sou eu que não resisto a fechar-ta na cara, com toda a força que tenho e com toda a veemência que sinto. Quando batemos com a porta, também é para nós. Precisamos que se abata sobre a nossa consciência esse estrondo final, como qualquer coisa de grandioso que se quebra, um enorme edifício que implode.
É fundamental bater com a porta, e com quanto mais força, melhor, principalmente se já levámos com ela na cara.
É fundamental bater com a porta, e com quanto mais força, melhor, principalmente se já levámos com ela na cara.
Carpe Diem
De um momento para o outro a nossa vida muda. Estamos em mudança constante. De um segundo para o outro perdemos pessoas importantes na nossa vida, e por vezes basta um instante para encontrar alguém por quem temos andado a procura a vida toda, e ainda mais um segundo para voltar a perder, para depois conquistar novamente. As mudanças do ciclo de vida são das mais variadas que se pode imaginar. Umas são para melhor. Outras são para pior. Mas todas elas fazem parte da vida. Umas por vezes não custam nada, mudar de estilo, mudar de pensamentos, mudar de emprego. Outras estão rodeadas de sofrimento. Mudar de pais, mudar de amigos, mudar de amores.
Que acontece quando somos confrontados com estas mudanças e nada podemos fazer para o impedir? Sofremos naturalmente. Mas esse sofrimento fornece a energia necessária para viver. De certo modo sofrer faz com que exista uma vontade de procurar uma situação melhor. E isso implica mais uma mudança. Isto é, na realidade um ciclo vicioso, onde a única forma de o travar é a monotonia. E quem gosta disso? Ninguém. Por isso temos mais é que aceitar estas mudanças. Porque, quer se aceite, quer não, a vida é um instante muito breve onde de um momento para o outro acontece mais uma mudança que não podemos controlar. A morte. A mudança suprema, aquela em que passamos de um mundo para o outro, e não levamos nada connosco, apenas deixamos. Deixamos as recordações com que os vivos ficam de nós, e até essas recordações tem data de validade associada mais uma vez a morte.
Por isso, não devemos tentar fugir as mudanças que cruzam o nosso caminho, mas sim enfrentar cada uma delas com coragem e com a ideia que essa mudança pode ser para melhor.
"A vida são dois dias, o de ontem já passou e o de hoje está a acabar. Amanhã está no incerto. Aproveita cada nova oportunidade."
Que acontece quando somos confrontados com estas mudanças e nada podemos fazer para o impedir? Sofremos naturalmente. Mas esse sofrimento fornece a energia necessária para viver. De certo modo sofrer faz com que exista uma vontade de procurar uma situação melhor. E isso implica mais uma mudança. Isto é, na realidade um ciclo vicioso, onde a única forma de o travar é a monotonia. E quem gosta disso? Ninguém. Por isso temos mais é que aceitar estas mudanças. Porque, quer se aceite, quer não, a vida é um instante muito breve onde de um momento para o outro acontece mais uma mudança que não podemos controlar. A morte. A mudança suprema, aquela em que passamos de um mundo para o outro, e não levamos nada connosco, apenas deixamos. Deixamos as recordações com que os vivos ficam de nós, e até essas recordações tem data de validade associada mais uma vez a morte.
Por isso, não devemos tentar fugir as mudanças que cruzam o nosso caminho, mas sim enfrentar cada uma delas com coragem e com a ideia que essa mudança pode ser para melhor.
"A vida são dois dias, o de ontem já passou e o de hoje está a acabar. Amanhã está no incerto. Aproveita cada nova oportunidade."
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Solidão?
Passaram se nove aniversários. Nove Natais; nove Páscoas; nove passagens de ano. Passaram se nove anos, e ninguém deu pela falta da senhora Augusta Martinho; há 9 anos morta na cozinha do seu apartamento.
Viveu só, morreu só, e assim permaneceu durante nove anos. Ao que parece (quase) ninguém deu pela falta da senhora; ninguém pensou nela; ninguém teve um sorriso para lhe ir dar, um miminho para lhe levar. Todos os que a rodeavam se comportaram como animais egocêntricos e narcisistas.
O cadáver esteve nove anos no chão da cozinha da casa onde vivia sozinha há 30 anos, na companhia de um cão. Nestes últimos nove anos uma vizinha, Aida Martins, tentou por diversas vezes alertar as autoridades para a situação e pediu mesmo para abrirem a porta do apartamento, o quarto andar direito.
Aida Martins deu por falta de Augusta Martinho em Agosto de 2002. Augusta Martinho faria 96 anos no próximo sábado. Tal como a dona, o seu cão de companhia foi encontrado morto na varanda.
Agora pergunto-me eu. Isto faz algum sentido? Isto é humano? Como é que ninguém se preocupou com o desaparecimento da senhora? Como é que ninguém sentiu a sua falta?
Acho que mais do que atribuir culpas aqui o mais importante é que este caso se torne o mais mediático possível para alertar o perigo de sociedade em que nos estamos a transformar.-(Mas fica já registado o comportamento indecente e egoísta dos GNR´s e dos vizinhos do apartamento). Onde esta a nossa moralidade; o nosso espírito de ajuda ao próximo; o que fizeram à palavra “altruísmo”? É nesta sociedade em que queremos viver? Sem escrúpulos? Onde as pessoas vivem com verdadeiros corações de pedra, onde já nada as choca?
Estou muito desapontada com a sociedade. Não é este tipo de valores que tenciono incutir aos meus filhos; nem são estes os valores que me norteiam como pessoa.
Mas se calhar é mesmo isto: andamos todos a perder o norte. É urgente que o recuperemos e que nos tornemos mais humanos e preocupados com o sofrimento alheio. É urgente que deixemos de ser imperialistas e saiamos do nosso pedestal. é urgente dar uma mão amiga a quem mais precisa, ou então o nosso fim será exactamente igual ao desta senhora que viveu e morreu sozinha sem que ninguém desse por falta dela.Acho que não é isto que qualquer um de nós deseja.
"Camaradas, a mudança urge!"
Viveu só, morreu só, e assim permaneceu durante nove anos. Ao que parece (quase) ninguém deu pela falta da senhora; ninguém pensou nela; ninguém teve um sorriso para lhe ir dar, um miminho para lhe levar. Todos os que a rodeavam se comportaram como animais egocêntricos e narcisistas.
O cadáver esteve nove anos no chão da cozinha da casa onde vivia sozinha há 30 anos, na companhia de um cão. Nestes últimos nove anos uma vizinha, Aida Martins, tentou por diversas vezes alertar as autoridades para a situação e pediu mesmo para abrirem a porta do apartamento, o quarto andar direito.
Aida Martins deu por falta de Augusta Martinho em Agosto de 2002. Augusta Martinho faria 96 anos no próximo sábado. Tal como a dona, o seu cão de companhia foi encontrado morto na varanda.
Agora pergunto-me eu. Isto faz algum sentido? Isto é humano? Como é que ninguém se preocupou com o desaparecimento da senhora? Como é que ninguém sentiu a sua falta?
Acho que mais do que atribuir culpas aqui o mais importante é que este caso se torne o mais mediático possível para alertar o perigo de sociedade em que nos estamos a transformar.-(Mas fica já registado o comportamento indecente e egoísta dos GNR´s e dos vizinhos do apartamento). Onde esta a nossa moralidade; o nosso espírito de ajuda ao próximo; o que fizeram à palavra “altruísmo”? É nesta sociedade em que queremos viver? Sem escrúpulos? Onde as pessoas vivem com verdadeiros corações de pedra, onde já nada as choca?
Estou muito desapontada com a sociedade. Não é este tipo de valores que tenciono incutir aos meus filhos; nem são estes os valores que me norteiam como pessoa.
Mas se calhar é mesmo isto: andamos todos a perder o norte. É urgente que o recuperemos e que nos tornemos mais humanos e preocupados com o sofrimento alheio. É urgente que deixemos de ser imperialistas e saiamos do nosso pedestal. é urgente dar uma mão amiga a quem mais precisa, ou então o nosso fim será exactamente igual ao desta senhora que viveu e morreu sozinha sem que ninguém desse por falta dela.Acho que não é isto que qualquer um de nós deseja.
"Camaradas, a mudança urge!"
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Faz falta...
Faz falta. A mensagem de bom dia, a companhia pra assistir a um filme, o coração pra 'ouvir' o nosso palpitar. Faz falta. Ficar sem fazer nada juntos. Ligar para contar e ouvir como foi o dia, o rosto no pensamento quando se ouve uma música bonita. Ligar só para cantarolar uma música por mais rouca que a voz esteja, só para combater as horas mortas. Sentir-se totalmente satisfeito (a) e farto (a) de rir juntos. Ver o por do sol juntos... e ficar acordados até ele surgir de novo no horizonte. Faz falta muita coisa. Faz a falta a companhia ao adormecer. O abraço apertado ao sorrir. A alegria do reencontro. A saudade quando se ausenta.
Mas, o que mais faz falta mesmo é o amor em si. É sentir o peito bater por alguém. É a inspiração, é aquela energia e sentido que o amor dá a vida e a tudo. Faz falta ter motivos para escrever um verso, dedicar uma canção, fazer uma declaração, fazer uma surpresa, fazer uma loucura, fazer planos juntos, escrever a história em conjunto. Faz falta amar.
Mas, o que mais faz falta mesmo é o amor em si. É sentir o peito bater por alguém. É a inspiração, é aquela energia e sentido que o amor dá a vida e a tudo. Faz falta ter motivos para escrever um verso, dedicar uma canção, fazer uma declaração, fazer uma surpresa, fazer uma loucura, fazer planos juntos, escrever a história em conjunto. Faz falta amar.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Remember or never forget?
Recordar faz bem, embora às vezes magoe.Recordar é uma forma de ultrapassar o passado, e uma forma de fugir ao presente..."Por que razão o passado não fica quieto no seu espaço temporal?";Porque regressa para assombrar o presente, para assustar o futuro?(...)
Recordar e viver ou reviver? Recordar é uma forma de eternizar o passado...Ás vezes recordar é bom, para valorizarmos tudo o que temos e damos como garantido; que só quando nos foge das mãos é que acordamos e percebemos que já faz parte da folha do passado;que já foi escrita e não pode ser alterada... Lamentamos-nos queixamos-nos mas não há volta a dar, já faz parte do passado; e o mais irritante é que nunca se volta a trás, então? Recordar é viver ou parar no tempo? (está confuso caro leitor?xD)
O passado nunca tem uma pedra em cima, nunca estará cem por cento resolvido, nem desaparecido, muito pelo contrário, só aparece quando nós já o pensávamos esquecido. Faz o favor de aparecer para nos relembrar que na vida, nunca poderemos entrar numa porta, deixando outra por fechar, porque é por ai que o passado reentra na nossa vida, no nosso presente...Por vezes é mais fácil ignorarmos aquela porta… imaginarmos que está fechada, bem trancada, pensamos que assim resolvemos os nossos problemas, mas não vale a pena esquecer o passado: ele faz de nós aquilo que somos hoje...
Se há uma coisa que o passado é, é que é só o nosso passado; e aprendi que não pode condicionar o nosso futuro, embora esteja sempre patente nos gestos do presente...
Recordar e viver ou reviver? Recordar é uma forma de eternizar o passado...Ás vezes recordar é bom, para valorizarmos tudo o que temos e damos como garantido; que só quando nos foge das mãos é que acordamos e percebemos que já faz parte da folha do passado;que já foi escrita e não pode ser alterada... Lamentamos-nos queixamos-nos mas não há volta a dar, já faz parte do passado; e o mais irritante é que nunca se volta a trás, então? Recordar é viver ou parar no tempo? (está confuso caro leitor?xD)
O passado nunca tem uma pedra em cima, nunca estará cem por cento resolvido, nem desaparecido, muito pelo contrário, só aparece quando nós já o pensávamos esquecido. Faz o favor de aparecer para nos relembrar que na vida, nunca poderemos entrar numa porta, deixando outra por fechar, porque é por ai que o passado reentra na nossa vida, no nosso presente...Por vezes é mais fácil ignorarmos aquela porta… imaginarmos que está fechada, bem trancada, pensamos que assim resolvemos os nossos problemas, mas não vale a pena esquecer o passado: ele faz de nós aquilo que somos hoje...
Se há uma coisa que o passado é, é que é só o nosso passado; e aprendi que não pode condicionar o nosso futuro, embora esteja sempre patente nos gestos do presente...
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